quarta-feira, 22 de setembro de 2010
NO AMOR NÃO HÁ MEDO 1 João 4. 18
No amor não há medo; o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo. 1 João 4. 18
Um dos meus textos preferidos de Santo Agostinho descreve as diferenças entre a relação com Deus firmada no amor e aquela firmada no medo. Dizia o santo da antiguidade: Existe um temor servil, existe também um temor casto: há o temor de sofrer um castigo, e há também o temor de perder a santidade. A partir daí ele desenvolve uma ilustração para esclarecer o que quer dizer.
Falando sobre um ladrão, Agostinho explica que uma coisa é o medo da pena. O ladrão provavelmente não roubará enquanto tiver certeza que poderá ser apanhado e sofrer a pena. Ele age com correção não porque seja correto, mas, sim, por temer a pena: Isso o faz não somente um escravo muito perverso, mas também um crudelíssimo ladrão. No primeiro instante em que este sujeito tiver certeza que poderá cometer um crime sem pena, ele o fará. Sua vivência de santidade se fundamenta no medo de ser flagrado, não no amor. Este é o que Agostinho chama de temor servil.
O santo continua dizendo que agimos semelhantemente quando servimos a Deus e fazemos o bem simplesmente porque tememos a Lei e a pena. Não é o amor que arranca tua concupiscência perversa, mas é o temor que a recalca. Quem sempre é reprimido pelo temor é lobo. Transforma-te em ovelha. Quando deixamos o temor tomar nosso coração, vivemos a vida cristã com o constante medo do castigo, incapazes de amar a justiça e a santidade. Vivemos, em suma, de forma legalista, sem essência, sem vida real, sem compromisso com a vida de Deus. Digo-te, portanto: Se Deus não te visse, quando fazes algo, se ninguém te convencesse desta ação no tribunal dEle, farias tal coisa?
Alguns anos atrás, um pastor veio pregar em nossa igreja e nos desafiou com uma pergunta inquietante. Se ficasse provado que não há inferno, que não há condenação eterna, quantos ficariam na igreja? Em outras palavras: você serve a Cristo firmado em quê? No Seu amor ou no Seu medo? Seu coração está inundado do medo do castigo eterno ou tomado pelo amor de Deus em Cristo Jesus que se derrama pelo Espírito Santo?
O temor casto tem este outro fundamento. Fundamenta-se no amor ao Senhor, no temor de perder a santidade. Não pensa nos castigos, nas punições, mas faz da justiça e da santidade o seu prazer e seu maior propósito. Firmado no temor casto, o sujeito entrega-se ao amor de Deus, à busca da Sua intimidade, ao prazer da Sua comunhão. De uma vida que teme pecar passamos a uma vida que não quer pecar, firmada no amor.
É sobre isso que fala o texto de João. Quando entra o amor de Deus no coração, o verdadeiro amor, o medo começa a sair. A relação que Deus quer estabelecer conosco é uma relação filial fundamentada pelo caminho do amor, da comunhão, da intimidade, do prazer de se conhecer, de se andar junto, de se buscar um ao Outro. A relação desejada por Deus firma-se em um temor casto que ama incondicionalmente e constrói pontes de relacionamento entre o adorador e o Ser Adorado.
Deus não quer que sejamos simplesmente seus escravos - crudelíssimos escravos, no dizer de Santo Agostinho. Eu não chamo mais vocês de escravos, pois o escravo não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai (Jo. 15. 15). Amigos se relacionam firmados no amor e no conhecimento das vontades um do outro.
No texto da carta de João, o apóstolo afirma que não temos que viver com medo do juízo de Deus, por causa do amor dEle que foi manifestado a nós. Amor que gera, como fruto, o nosso próprio amor a Ele. E João conclui com uma fala que deve nos desafiar a cada dia a observarmos as intenções e o que se passa em nosso coração: Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que existe castigo (1 Jo. 4. 18). Se existe medo em nosso coração, esse medo é uma denúncia contra nós. Não entendemos ainda, em nosso peito, o que é significativo em nossa vida com Deus. Nosso coração não está totalmente nEle, nem no prazer de Sua justiça. Tememos porque sabemos que ainda existe castigo. Existe pecado, não amor. O amor não nos alcançou totalmente. É, então, hora de rever conceitos.
Permita-se entrar em uma verdadeira relação de amor com o Pai do Céu. Ele está esperando sua busca, através de Jesus Cristo. O Seu Amor está pronto para ser derramado no coração pelo Espírito Santo. Venha a Ele com a alma quebrantada, desejosa de conhecer-lhe a intimidade e comunhão plena em Seu amor. Ele não rejeitará você.
Um dos meus textos preferidos de Santo Agostinho descreve as diferenças entre a relação com Deus firmada no amor e aquela firmada no medo. Dizia o santo da antiguidade: Existe um temor servil, existe também um temor casto: há o temor de sofrer um castigo, e há também o temor de perder a santidade. A partir daí ele desenvolve uma ilustração para esclarecer o que quer dizer.
Falando sobre um ladrão, Agostinho explica que uma coisa é o medo da pena. O ladrão provavelmente não roubará enquanto tiver certeza que poderá ser apanhado e sofrer a pena. Ele age com correção não porque seja correto, mas, sim, por temer a pena: Isso o faz não somente um escravo muito perverso, mas também um crudelíssimo ladrão. No primeiro instante em que este sujeito tiver certeza que poderá cometer um crime sem pena, ele o fará. Sua vivência de santidade se fundamenta no medo de ser flagrado, não no amor. Este é o que Agostinho chama de temor servil.
O santo continua dizendo que agimos semelhantemente quando servimos a Deus e fazemos o bem simplesmente porque tememos a Lei e a pena. Não é o amor que arranca tua concupiscência perversa, mas é o temor que a recalca. Quem sempre é reprimido pelo temor é lobo. Transforma-te em ovelha. Quando deixamos o temor tomar nosso coração, vivemos a vida cristã com o constante medo do castigo, incapazes de amar a justiça e a santidade. Vivemos, em suma, de forma legalista, sem essência, sem vida real, sem compromisso com a vida de Deus. Digo-te, portanto: Se Deus não te visse, quando fazes algo, se ninguém te convencesse desta ação no tribunal dEle, farias tal coisa?
Alguns anos atrás, um pastor veio pregar em nossa igreja e nos desafiou com uma pergunta inquietante. Se ficasse provado que não há inferno, que não há condenação eterna, quantos ficariam na igreja? Em outras palavras: você serve a Cristo firmado em quê? No Seu amor ou no Seu medo? Seu coração está inundado do medo do castigo eterno ou tomado pelo amor de Deus em Cristo Jesus que se derrama pelo Espírito Santo?
O temor casto tem este outro fundamento. Fundamenta-se no amor ao Senhor, no temor de perder a santidade. Não pensa nos castigos, nas punições, mas faz da justiça e da santidade o seu prazer e seu maior propósito. Firmado no temor casto, o sujeito entrega-se ao amor de Deus, à busca da Sua intimidade, ao prazer da Sua comunhão. De uma vida que teme pecar passamos a uma vida que não quer pecar, firmada no amor.
É sobre isso que fala o texto de João. Quando entra o amor de Deus no coração, o verdadeiro amor, o medo começa a sair. A relação que Deus quer estabelecer conosco é uma relação filial fundamentada pelo caminho do amor, da comunhão, da intimidade, do prazer de se conhecer, de se andar junto, de se buscar um ao Outro. A relação desejada por Deus firma-se em um temor casto que ama incondicionalmente e constrói pontes de relacionamento entre o adorador e o Ser Adorado.
Deus não quer que sejamos simplesmente seus escravos - crudelíssimos escravos, no dizer de Santo Agostinho. Eu não chamo mais vocês de escravos, pois o escravo não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai (Jo. 15. 15). Amigos se relacionam firmados no amor e no conhecimento das vontades um do outro.
No texto da carta de João, o apóstolo afirma que não temos que viver com medo do juízo de Deus, por causa do amor dEle que foi manifestado a nós. Amor que gera, como fruto, o nosso próprio amor a Ele. E João conclui com uma fala que deve nos desafiar a cada dia a observarmos as intenções e o que se passa em nosso coração: Portanto, aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que existe castigo (1 Jo. 4. 18). Se existe medo em nosso coração, esse medo é uma denúncia contra nós. Não entendemos ainda, em nosso peito, o que é significativo em nossa vida com Deus. Nosso coração não está totalmente nEle, nem no prazer de Sua justiça. Tememos porque sabemos que ainda existe castigo. Existe pecado, não amor. O amor não nos alcançou totalmente. É, então, hora de rever conceitos.
Permita-se entrar em uma verdadeira relação de amor com o Pai do Céu. Ele está esperando sua busca, através de Jesus Cristo. O Seu Amor está pronto para ser derramado no coração pelo Espírito Santo. Venha a Ele com a alma quebrantada, desejosa de conhecer-lhe a intimidade e comunhão plena em Seu amor. Ele não rejeitará você.
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